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Fomos notícia na CMTV

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Na manhã do dia 21 de junho de 2023 fomos notícia na CMTV. De forma breve apresentámos a nossa quinta pedagógica, o que fazemos e a biblioteca. Se ainda não nos conheces, visita-nos aos sábados, traz amigos e alegria para partilhar.

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Dar vida a espaços ermos: Terra Solta quer aproveitar terrenos abandonados para fazer agricultura sem químicos

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A Associação Movimento Terra Solta nasceu de um sonho que um grupo de amigos tinha de dar vida a espaços abandonados no Porto. O objetivo é aproveitar esses terrenos para fazer agricultura sem recurso a químicos. "Em vez de irmos para o café jogar umas cartas, eu e os meus amigos decidimos abraçar este projeto. Começámos nas Fontainhas, onde foram criadas hortas. Daí passámos para Campanhã, onde também fizemos coisas muito bonitas e depois viemos para este paraíso virado para o Douro", contou Vítor Parati, presidente da associação.

O espaço, que pertence ao Centro Juvenil de Campanhã, encontrava-se abandonado. "Quando aqui chegámos, estava tudo cheio de ervas. Começámos a trabalhar e agora temos uma horta com produtos biológicos. Este espaço está aberto aos sábado e qualquer pessoa pode vir cá. Arrancar ervas daninhas, plantar, aprender e ensinar. Muitas dessas pessoas levam depois daqui produtos", disse.

Os sábados são dias de festa na associação. Depois de uma manhã de trabalho nas hortas, tanto os que fazem parte da associação como os voluntários juntam-se para um almoço comunitário. "Fazemos aqui a sopa com produtos da nossa horta. Depois, as pessoas que se juntam a nós trazem outras coisas para comer e para partilhar com quem aqui se encontra. Aqui não existe desperdício. No fim, o que sobrar é dividido por todos. Já dá para o jantar", explicou. 

Livros recolhidos das lixeiras
Nas instalações da Associação Movimento Terra Solta, no Porto, existe uma biblioteca que foi criada com livros recolhidos no lixo. Vítor Parati, presidente da associação, foi o impulsionador do projeto. "Eu já tinha o sonho há muito tempo de construir uma biblioteca. Trabalho na recolha de lixo e, infelizmente, há muita gente que deita cultura para o lixo, porque os livros são cultura. Recuperei esses livros que agora se encontram na biblioteca. Entretanto, outras pessoas doaram livros que agora podem chegar a qualquer pessoa. Há quem leve e devolva. Outras pessoas levam daqui um livro e deixam outro", explicou.

Edifício necessita de telhado novo
A Associação Movimento Terra Solta atravessa algumas dificuldades. Isto porque o edifício onde se encontra tem o telhado danificado e quando chove fica tudo alagado. "Se alguém puder contribuir com materiais para um telhado novo, era o que mais desejávamos. Era realmente muito importante", disse Vítor Parati.

Autora: Ana Silva Monteiro

Notícia retirada de Correio da Manhã de 19 de junho de 2023

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A agricultura

Criança pequena a regar horta com regador

A agricultura é uma prática económica que consiste no uso dos solos para cultivo de vegetais a fim de garantir a subsistência alimentar do ser humano, bem como produzir matérias-primas que são transformadas em produtos secundários em outros campos da atividade económica. Trata-se de uma das formas principais de transformação do espaço geográfico, sendo uma das mais antigas práticas realizadas na História.

A história da agricultura sugere que essa prática existe há mais de 10 mil anos, tendo sido desenvolvida durante o período Neolítico, sendo um dos processos constitutivos das primeiras civilizações, uma vez que todos os agrupamentos humanos já encontrados praticavam algum tipo de manejo e cultivo dos solos.

Em tempos pretéritos, a humanidade era essencialmente nómada. Com o passar do tempo, foram sendo desenvolvidas as primeiras técnicas de cultivo, elaboradas a partir do momento em que o homem percebeu que algumas sementes, quando plantadas, germinavam e que animais poderiam ser domesticados. Com isso, observou-se um lento processo de sedentarização das práticas humanas, fruto das novas técnicas sobre o uso e apropriação do meio natural. Nascia a agricultura e, com ela, desenvolviam-se as primeiras civilizações.

Portanto, podemos perceber que o meio rural sempre foi a actividade económica mais importante para a constituição e manutenção das sociedades. Quando as técnicas agrícolas permitiam a existência de um excedente na produção, iniciavam-se as primeiras trocas comerciais. Assim, é possível concluir que, inicialmente, todas as práticas rurais e urbanas subordinavam-se ao campo.

No entanto, com o advento da industrialização e da modernidade, essa concepção foi gradativamente se alterando. Cada vez menos as cidades dependiam do campo e cada vez mais o campo dependia das cidades. As práticas agrícolas mais modernas, mecanizaram-se e passaram a depender das indústrias para o desenvolvimento do meio técnico.

Com o passar das três revoluções industriais, a prática da agricultura atual fundamenta-se em procedimentos avançados, que denotam uma nova característica para o espaço geográfico, classificado como meio técnico-científico informacional. Hoje, existem técnicas avançadas em manejo dos solos, máquinas e colheitadeiras que realizam o trabalho de dezenas ou até centenas de trabalhadores a uma velocidade maior, além de avanços propiciados pelo desenvolvimento da biotecnologia. Isso significa que as práticas agrícolas cada vez mais se subordinam à ciência e à produção de conhecimento.

Mas é importante salientar que não há somente técnicas modernas sobre o meio rural. Podemos dizer que os diferentes tipos de avanços coexistem no espaço rural, embora as grandes e mais desenvolvidas propriedades ocupem a maior parte do espaço. Existem sistemas agrícolas modernos ao mesmo tempo em que existem formas de cultivos tradicionais, como a agricultura orgânica, a itinerante e a de jardinagem.

A importância da agricultura é, assim, indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços, tornando-se a base para a manutenção da economia mundial.

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Como ter um viveiro de mudas

Pequenas mudas de carvalho

Ter um viveiro de mudas é como construir um pequeno berçário vegetal. Com a utilização de algumas técnicas especiais de cultivo, criam-se condições para que sementes se desenvolvam da melhor maneira e tornem-se fortes o suficiente para serem plantadas, de forma definitiva, em outros espaços. Existem diferenças de níveis de dificuldade nesse processo de acordo com as espécies escolhidas e da funcionalidade de cada viveiro de mudas mas, de maneira geral, o factor mais importante é o cuidado destinado a esta fase do desenvolvimento das plantas.

Existem três tipos diferentes de viveiros: os permanentes, os temporários e os de espera. Os permanentes destinam-se a vários ciclos de produção de mudas e exigem uma estrutura maior e mais sofisticada, ao contrário dos temporários, que são criados para atender a uma demanda específica e, em seguida, desativados, contando com instalações mais simples e, em geral, próximas do local de plantio. O chamado viveiro de espera é, na verdade, uma área próxima ao local definitivo de plantio, preparada para que as mudas possam se aclimatar às condições da zona onde serão cultivadas.

Como montar um viveiro de mudas

Para montar o viveiro de mudas é necessário, primeiramente, escolher um local adequado, preferencialmente com topografia levemente ondulada e um tamanho que permita a instalação de sua estrutura. Esta área deve ser limpa e, pensando em uma versão média, minimamente estruturada com moirões de madeira – estaca utilizada para cercar terreno – com medidas aproximadas de 3 metros de comprimento e 20 cm de diâmetro, distantes 3 metros entre si. Esse distanciamento permitirá que se caminhe entre elas e se realizem os cuidados necessários, como a rega. A incidência de sol e a proximidade de fontes de água são outros factores importantes a serem levados em conta.

Na hora de semear, cuide para separar e descartar as sementes com cores diferentes das demais (que têm menor probabilidade de germinar). Coloque até três sementes em embalagens de plástico especiais e cubra-as de terra húmida – que deve preencher até a metade da embalagem. Esta técnica pode variar de acordo com a necessidade ou o conhecimento técnico. Em alguns casos, as mudas são retiradas, por exemplo, de partes de plantas já adultas. É possível obter informações sobre estes e outros métodos em sites de universidades de agricultura e agronomia.

Para o controle de calor e luminosidade, é necessária a colocação de uma lona transparente sobre as mudas, a uma altura de aproximadamente 3 metros, com o intuído de permitir a circulação de ar, evitar o contato directo dos raios solares com as sementes em desenvolvimento e permitir a criação de zonas de sombreamento.

Como a terra deve estar sempre húmida, é possível optar por métodos ainda mais sofisticados, com a construção de pequenas canaletas em declive sob as estruturas de madeira ou sistemas de goteamento. Mais uma vez, a menos que se tenha este conhecimento, a busca por um especialista se faz necessária. A boa e velha rega diária, porém, tem tudo para possibilitar bons resultados.

Essas são dicas básicas de como montar um viveiro de mudas. Como podem existir diversas variações (de tamanho, condições climáticas, técnicas mais adequadas para cada espécie, intenções ou não de tornar o viveiro profissional) é importante buscar a obtenção de informações específicas junto a profissionais da área e órgãos especializados. Esta troca de ideias é o fertilizante final para que as suas sementes se transformem em mudas fortes, capazes de trazer ainda mais verde ao planeta.

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Orquestra Comunitária Mundo em Campanhã (OCMC)

Logotipo amarelo da Osquestra Comunitária Mundo em Campanhã

Até ao início de 2023, a AMTS foi casa da Orquestra Comunitária Mundo em Campanhã. Este projeto nasceu, em 2012, a partir de oficinas de construção de instrumentos, prática instrumental e coral, e de oficinas de interação social e conhecimento pessoal, no âmbito do projeto “T(R)ocas e Transformas”, implementado entre 2012 e 2015 no Bairro do Lagarteiro, em Campanhã. Teve por base saberes experienciais e culturais individuais e coletivos, tomados como saberes válidos e potenciadores de maior sustentabilidade.

 

O projeto “Orquestra Comunitária Mundo em Campanhã”, um desenvolvimento natural da “Orquestra do Lagarteiro”, é aberto a todas as pessoas da comunidade local, recebendo também pessoas em trânsito, que querem usufruir da experiência de produção musical. Pretendem incentivar-se novas formas de participação e cidadania, num enquadramento ético e com o envolvimento comunitário, através do diálogo musical e não só. Sendo a Orquestra constituída por pessoas com características, histórias de vida e formas de estar muito diferentes, o grupo tira partido do que as aproxima, numa convivência, nem sempre simples, mas sempre desafiante e compensadora.

A Orquestra trabalha de várias formas, sendo realizados ensaios do núcleo mais central e ensaios abertos com a comunidade e visitantes de diversas nacionalidades aos sábados de tarde. O projeto incorpora também a realização de concertos, na zona Norte de Portugal, em diversos contextos, desde escolas a lares de idosos e associações culturais e juvenis, e a animação de congressos em contexto universitário, só para mencionar alguns.

Do reportório da Orquestra fazem parte cerca de 30 canções, a maioria da tradição Portuguesa. Os seus textos têm vindo a ser discutidos e reinventados pelo grupo, para lhes retirar formas naturalizadas de discriminação das mulheres, incluindo o sexismo da linguagem, e traços de subordinação e dependência, de outros. Fazem também parte do reportório uma canção italiana de resistência e outra brasileira, e uma música latino-americana cuja letra foi criada a partir de palavras expressas pelo grupo a partir da escuta dessa música. Para além da aquisição de competências mais técnicas e da discussão da realidade, a partir da música, procuramos, com os textos que criamos e recriamos, trazer uma mensagem de esperança e força que mobilize uma ação social positiva e transformadora.

Além da possibilidade de experimentação conjunta e exploratória de diversos instrumentos, de interpretação musical, no interior do grupo e para um público mais amplo, a Orquestra permite acionar a reflexão sobre experiências individuais, e estimula a partilha e convivência de heranças socioculturais heterogéneas. É dedicada a máxima atenção ao bem-estar do grupo, o qual inclui pessoas em condições diversas de vulnerabilidade social. A Orquestra é dinamizada por uma equipa multidisciplinar que cruza saberes artísticos e de intervenção social para a inclusão através da música, num processo de troca, o mais natural possível.

Autora: Eunice Macedo

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Quinta do Mitra começou a ser reabilitada 

Pessoas a cavar ao lado de antigo edifício da Quinta do Mitra

Depois de várias décadas de abandono, a Quinta do Mitra, em Campanhã, começa esta terça-feira a ser reabilitada. O anúncio foi feito pela Câmara do Porto, através do seu site oficial.

Será transformada “numa grande área pública, de fácil acessibilidade e de expansão na continuidade do parque urbano que enquadra o Terminal Intermodal de Campanhã”, anuncia a Câmara do Porto. O investimento ronda os 1,2 milhões de euros, contemplando a requalificação e modernização do espaço exterior e interior da quinta. Deverá ficar pronta em abril de 2023.

A associação Movimento Terra Solta, que tem desenvolvido no local um projeto ambiental, terá agora de sair e encontrar uma alternativa para a sua horta comunitária. O grupo está na Quinta do Mitra desde 2011, fruto de um acordo com a Junta de Freguesia, a quem a Câmara havia doado o espaço em regime de comodato.

Tal como o JN noticiou a 29 de dezembro de 2020, altura em que o concurso público para a empreitada foi lançado, o projeto não só prevê para o exterior um parque de estacionamento coberto, como ainda estabelece para a restante área envolvente ao edifício principal um conjunto de percursos pedonais e ajardinados.

“Os trabalhos incluem a revisão e reforço periférico da sua estrutura, a substituição integral dos pisos e vigamentos de telhado, tratamento e recuperação dos paramentos de pedra, novas caixilharias e acabamento do telhado, bem como o tratamento acústico, térmico e de ventilação de todo o edifício”, enumera a Câmara, dando nota de que a quinta “passará também a ter um pequeno auditório polivalente, com cobertura em caixilharia envidraçada, uma grande claraboia que enfatiza a teatralidade do espaço e a sua memória”.

A “única sala encontrada no seu estado original”, acrescenta a Autarquia, “será restaurada, conservando a sua integridade geométrica e linguagem oitocentista, mantendo a maceira original e repondo as guarnições, rodapés, portadas e janela com o desenho original, marcando assim a memória do palacete, representada neste espaço preservado e reconstruído”.

Autora: Adriana Castro

Notícia retirada de JN Porto de 17 de Janeiro de 2022

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